Desigualdade



 Várias teorias apareceram no século XIX criticando as explicações sobre desigualdade social, entre elas a de Karl Marx, que desenvolveu um teoria sobre a noção de liberdade e igualdade do pensamento liberal, essa liberdade baseava-se na liberdade de comprar e vender. Outra muito criticada também foi a igualdade jurídica que baseava-se nas necessidades do capitalismo de apresentar todas as relações como fundadas em normas jurídicas. Como  a relação patrão e empregado tinha que ser feita sobre os princípios do direito, e outras tantas relações também.
Marx criticava o liberalismo porque só eram expressos os interesses de uma parte da sociedade e não da maioria como tinha que ser.
Segundo o próprio Marx a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações e que tornam  a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social, e mostra que o homem se relaciona uns com os outros.
Assim Marx considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades.
As desigualdades se originam dessa relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classes produz  e a outra domina tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes operárias e burguesas.
As desigualdades são fruto das relações, sociais, políticas e culturais, mostrando que as desigualdades não são apenas econômicas mas também culturais, participar de uma classe significa que você esta em plena atividade social, seja na escola, seja em casa com a família ou em qualquer outro lugar, e estas atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus companheiros. 


Por: Júlia Leite

Amor de mãe

Será mesmo que sua mãe te ama realmente ou será que ela te protege só apenas como um costume?
Uns afirmam que amor de mãe é algo do interior da mulher e não ha nada comparado a esse, pois não se mexe com uma leoa defendendo seus filhotes, é um instinto.
E já outros defendem uma idéia muito mais complexa e repelida por muitos, principalmente pelos filhos, dizendo que amor de mãe não existe e o que existe mesmo é um senso comum onde todas as mães têm que “amar” e cuidar de seus filhos, ou seja, é um instinto.
Vemos muitos exemplos de mães que segundo a sociedade não é mãe, já que “não ama” seus filhos, como o da mãe que jogou a filha de dois meses na lagoa da Pampulha em 2006 que foi julgada e ganhou o ódio de muita gente por “não amar” sua filha.
E você o que acha, sua mãe te ama ou simplesmente ela te protege?


                                                                                                                      Sara Cautterucci


"Olhe o que fizemos...

E a paz que você prometeu a seu único filho??

O que virou dos campos floridos?
Vamos ter um descanso?
O que virou de todos os nossos sonhos??

E de nós?

Você já parou pra pensar sobre todas as crianças mortas com a guerra?
Você já parou para a notícia?
A terra está chorando. A SUA terra está chorando.

O céu está caindo.
A terra está sangrando.
Cadê o valor da natureza?? Ela é o ventre do nosso planeta.
Estamos destruindo os mares, as florestas...

Não conseguimos sentir as feridas??

E as crianças chorando? Não conseguimos ouvi-las chorar?

E de nós?

Não nos importamos?

E de nós?"


Earth Song - Michael Jackson


CRIANÇAS DA ÁFRICA

O que você sente quando vê aquelas cenas de crianças nuas, desnutridas, com os ossos à mostra, comendo restos, especialmente no continente africano? Pois é... creio que o sentimento deva ser comum. Dá uma impressão de nulidade total, de impotência perante o sofrimento daqueles pequenos seres. Paira no pensamento um desejo de fazer alguma coisa, mas vem o questionamento que queima a mente perguntando-nos o que fazer para, ao menos, minimizar a dor de um povo tão judiado, combalido por freqüentes guerras civis e governos corruptos. Será que haveria um jeito de contribuir com a diminuição de tamanho martírio?


                                         Ana Paula

Preconceito

Um preconceito sempre tem origem social - em geral, numa violência social. O preconceito racial contra os negros, ainda hoje existente, nos serve como exemplo disto. Ele se origina durante o período escravista, na violenta relação entre o opressor branco e o escravo negro. Se torna preconceito de raça quando os brancos, vendo constantemente os negros numa posição socialmente subalterna, se esquecem do que um dia fizeram contra estes, perdendo de vista, portanto, a genealogia desta desigualdade. E aí faz-se a distorção: se boa parte dos negros moram em favelas e boa parte dos brancos possuem melhores condições de moradia, dentre outras coisas, isso se deve pura e exclusivamente à uma questão de competência destes e incompetência daqueles - eis o erro. A melhor forma de combater um preconceito, então, é expondo a sua raiz - porque se a escravidão for escancarada como a grande responsável pela difícil situação social de muitos negros hoje em dia, e é, cai por terra o argumento racista
A utilidade social da filosofia é justamente a de se contrapor à tudo isso, e representar um pedido de atenção e de calma numa contemporaneidade que se caracteriza pela dispersão e pelo corre-corre. A filosofia questiona os juízos apressados. O filósofo é aquele que nos propõe o desafio de reexaminarmos nossos achismos - o que pode ser irritantemente difícil, incômodo, à medida em que o achismo não é uma construção reflexiva do indivíduo, mas sim uma opinião inconscientemente consumida numa sociedade que, tornou mercado até mesmo sua consciência moral. Nesse sentido, a filosofia se posiciona não apenas contra o preconceito direcionado à ela mesma, mas contra toda e qualquer espécie de preconceito que possa existir.   










Por: Júlia Leite 

Homofobia

A homofobia define o ódio, o preconceito, a repugnância que algumas pessoas nutrem contra os homossexuais. Aqueles que abrigam em sua mente esta fobia ainda não definiram completamente sua identidade sexual, o que gera dúvidas, angústias e uma certa revolta, que são transferidas para os que professam essa preferência sexual. Muitas vezes isso ocorre no inconsciente destes indivíduos.
Para reafirmar sua sexualidade e como um mecanismo instintivo de defesa contra qualquer possibilidade de desenvolver um sentimento diferente por pessoas do mesmo sexo, os sujeitos tornam-se agressivos e podem até mesmo cometer assassinatos para se preservarem de qualquer risco. Muitas vezes, porém, a homofobia parte do próprio homossexual, como um processo de negação de sua sexualidade, às vezes apenas nos primeiros momentos, outras de uma forma persistente, quando o indivíduo chega a contrair matrimônio com uma mulher e a formar uma família, sem jamais assumir sua homossexualidade. Quando este mecanismo se torna consciente, pode ser elaborado através de uma terapia, que trabalha os conceitos e valores destes indivíduos com relação à opção homossexual.
O termo homofobia foi empregado inicialmente em 1971, pelo psicólogo George Weinberg. Esta palavra, de origem grega, remete a um medo irracional do homossexualismo, com uma conotação profunda de repulsa, total aversão, mesmo sem motivo aparente. Trata-se de uma questão enraizada ao racismo e a todo tipo de preconceito. Este medo passa pelo problema da identificação grupal, ou seja, os homófobos conformam suas crenças às da maioria e se opõem radicalmente aos que não se alinham com esses papéis tradicionais que eles desempenham na sociedade, ainda que apenas na aparência.
Alguns assimilam a homofobia a um tipo de xenofobia, o terror de tudo que é diferente. Mas esta concepção não é bem aceita, porque o medo do estranho não é a única fonte em que os opositores dos homossexuais bebem, pois há também causas culturais, religiosas – principalmente crenças cristãs (católicas, protestantes), judias ou muçulmanas -, políticas, ideológicas – grupos de extrema-esquerda e de extrema direita -, e outras que se entrelaçam igualmente no preconceito. Geralmente os fundamentalismos não cedem espaço ao homossexualismo. Há, porém, dentro dos grupos citados, aqueles que defendem e apóiam os direitos dos homossexuais. Dentro das normas legais, também há variantes, ou seja, há leis que entre casais do mesmo sexo e casais do sexo oposto se diversificam. E, por mais estranho que pareça, em pleno século XXI, alguns países aplicam até mesmo a pena de morte contra homossexuais.
O homófobo pode reagir perante os homossexuais com calúnias, insultos verbais, gestos, ou com um convívio social baseado na antipatia e nas ironias, modos mais disfarçados de se atingir o alvo, sem correr o risco de ser processado, pois fica difícil nestes casos provar que houve um ato de homofobia. Alguns movimentos são realizados em código, compartilhados no mundo inteiro pelos adversários dos homossexuais, tais como assobios, alguns cantos e bater palmas.

Leticia Duque.

Diferentes Tipos de Saber

Senso comum
Senso comum ou conhecimento vulgar descreve as crenças sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas. Como por exemplo quando uma pessoa reclama de dores no fígado, esta pessoa pode fazer um chá de boldo que já era usada pelos avós de nossos avós, sem no entanto conhecer o efeito das folhas nas doenças hepáticas. Este exemplo indicam um tipo de conhecimento que é chamado de senso comum e se baseia na tentativa e erro. O senso comum que nos permite sentir uma realidade menos detalhada e vai do hábito de realizar um comportamento até a tradição que, passa de geração a geração.Existem pessoas que confundem senso comum com crenças, o que é bem diferente. Senso comum é aquilo que a gente aprende em nosso cotidiano e que não aprofundamos para obtermos resultados, como por exemplo uma pessoa que vai atravessar uma rua, ela olha para os dois lado, a pessoa não precisa calcular a velocidade média, a distância, ou o atrito que o carro exerce sobre o solo, a pessoa simplesmente olha e decide se dar para atravessar ou não.

Religião
O estudo científico da religião é atualmente realizado por várias disciplinas das ciências sociais e humanas. A história das religiões, nascida na segunda metade do século XIX, que estuda o contexto cultural e político em que determinada tradição religiosa emergiu.
A Sociologia da Religião analisa as religiões como fenómenos sociais, procurando desvendar a influência dela na vida do indivíduo e da comunidade. A Sociologia da Religião tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber e Peter Berger.
A Antropologia, tradicionalmente centrada no estudo dos povos sem escrita desenvolveu igualmente uma área de estudo da religião, na qual se especulou sobre as origens e funções da religião. John Lubbock, no livro The Origin of Civilization and the Primitive Condition of Man apresentou um esquema evolutivo da religião: do ateísmo (entendido como ausência de idéias religiosas), passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e finalmente para o monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada em questão por outros investigadores, como E.B. Taylor que considerava o animismo como a primitiva forma de religião.
A Fenomenologia da Religião, que deriva da filosofia fenomenológica de Edmund Husserl, tenta captar o lado único da experiência religiosa. Utiliza como principal método científico a observação, explicando os mitos, os símbolos e os rituais. Ela procura compreender a religião do ponto de vista de quem crer, bem como o valor dessas crenças na vida do mesmo. Os principais nomes ligados à Fenomenologia da Religião são Nathan Soderblom, Garardus van der Leeuw, Rudolf Otto...

Saber Mítico
O mito é uma necessidade humana que tem sua origem no desejo de controlar o mundo, de superação do medo e da insegurança. O pensamento ou saber mítico é uma verdade que não obedece à lógica empírica nem científica, portanto é uma verdade intuitiva que não necessita de provas, porque está muito mais ligado à magia, ao desejo e ao querer que as coisas aconteçam de um determinado modo. O mito tranqüiliza o homem dentro do mundo natural e estabelece modelos de atividades humanas. O ritual mítico é a repetição de ações que se de certa forma atualiza um acontecimento do passado, acomodando o homem no mundo. Quando um mito é negado, contestado, nasce o tabu, que é a proibição, cuja origem está na transgressão da norma, na não-obediência da regra. O Positivismo de Comte, de certa forma contestou o pensamento mítico quando atribuiu à ciência o único modo para de chegar à verdade. A oposição entre razão e a visão ingênua do pensamento mítico traz uma inquietude ao homem, que no mito encontra exemplos e explicações para suas ações. O homem contemporâneo, tanto quanto seus ancestrais, também necessitam da magia para explicar o mundo como forma de interpretação da realidade. Mito e razão fazem parte do mesmo universo, cabendo a cada indivíduo escolher ou dosar sentimentos e verdades que o ajudem a viver melhor.
Ciência
A eficácia da Ciência a tornou assunto de questionamento filosófico. A filosofia da ciência busca entender a natureza e a justificação do conhecimento científico e suas implicações éticas. Há diferentes escolas do pensamento na filosofia do método científico:
 O naturalismo metodológico mantém que a investigação científica deve aderir aos estudos empíricos e verificação independente como processo para desenvolver e avaliar apropriadamente as explicações naturais de fenômenos observáveis. Desse modo o naturalismo metodológico rejeita explicações sobrenaturais, argumentos de autoridades e estudos observacionais tendenciosos.
O racionalismo crítico por outro lado afirma que a observação não tendenciosa não é possível, e que a demarcação entre explicações naturais e sobrenaturais é arbitrária; no lugar deste critério ela propõe a falseabilidade como o limite das teorias empíricas e falsificação como o método empírico universal. Ele propõe que a ciência deveria se contentar com a eliminação racional dos erros em suas teorias, não em buscar a sua verificação, como afirmar certeza ou prova e contra-prova provável; tanto a proposta como a falsificação de uma teoria são apenas um caráter metodológico, conjectural e tentador no racionalismo crítico. O instrumentalismo rejeita o conceito de verdade e enfatiza apenas a utilização das teorias como instrumentos para explicar e predizer fenômenos. 

                                                                                                                                  Sara Cautterucci

Feminismo

Creio poder definir feminismo, em filosofia, como o estudo do status da mulher na sociedade quanto a seus direitos e deveres, e do papel social que lhe é adequado. Como Ser que é, a mulher, como todos os seres, tem os seus predicados. E lhe é adequado e normal aquilo que condiz de modo lógico  – por necessidade lógica – com esses predicados.
Até o início do século XX, cabia inquestionavelmente à mulher ocupações relacionadas, direta ou indiretamente, à maternidade, ou seja, amamentar os recém-nascidos e alimentar e educar as crianças, o que implicava no estafante trabalho de cuidar da casa. Ao homem, cabia prover a alimentação da família com seu trabalho, e ir todo o ano à guerra na qual perdia a vida (havia centenas de ducados, principados, etnias, etc. continuamente em conflito entre si), ou da qual retornava mutilado.
Esses eram, à época, papeis normais e adequados a ambos, a mulher e o homem, física e mentalmente.
Essa posição do homem e da mulher foi sempre aceita como resultado de um consenso natural, da mesma natureza do consenso que, no entender dos filósofos, levou à constituição e estruturação da sociedade com um governo que lhe garantiria  justiça e proteção contra o inimigo. O consenso social em relação ao status da mulher estabelecia sua responsabilidade social segundo as responsabilidades imanentes a seus predicados de maternidade e sentimento inato de amor e proteção dos filhos.
No último terço do século XIX e no século XX, o grande progresso tecnológico veio alterar um status milenar.Ao mesmo tempo, a expansão econômica que acompanhou a modernização tecnológica contribuiu para trazer a mulher a novas atividades, por necessidade de mão de obra.
Mas a quebra daquela delimitação das funções, que era precisa e de longo tempo aceita, não foi vista por todos como devida naturalmente à modernização do trabalho tanto doméstico como assalariado. Muitos viram na pretensão feminista uma descaracterização do Ser feminino, uma masculinização, como se a mulher pretendesse exibir predicados masculinos, repudiando os femininos. Por essa razão foram necessárias árduas campanhas em favor de uma nova mentalidade – para que a mulher pudesse ter o novo status que aspirava – e ainda se batalha para que receba o salário justo pelo seu trabalho.
Os movimentos feministas prosseguiram com energia ao longo de todo o restante do século XX. A campanha pelo direito de votar fora uma causa legitimamente feminista, respectiva ao status social da mulher, porém o movimento assumiu várias campanhas que diziam respeito à mulher, mas que não tinham objetos legitimamente feministas, por não afetarem apenas – nem principalmente – os interesses femininos.