Diferentes Tipos de Saber

Senso comum
Senso comum ou conhecimento vulgar descreve as crenças sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas. Como por exemplo quando uma pessoa reclama de dores no fígado, esta pessoa pode fazer um chá de boldo que já era usada pelos avós de nossos avós, sem no entanto conhecer o efeito das folhas nas doenças hepáticas. Este exemplo indicam um tipo de conhecimento que é chamado de senso comum e se baseia na tentativa e erro. O senso comum que nos permite sentir uma realidade menos detalhada e vai do hábito de realizar um comportamento até a tradição que, passa de geração a geração.Existem pessoas que confundem senso comum com crenças, o que é bem diferente. Senso comum é aquilo que a gente aprende em nosso cotidiano e que não aprofundamos para obtermos resultados, como por exemplo uma pessoa que vai atravessar uma rua, ela olha para os dois lado, a pessoa não precisa calcular a velocidade média, a distância, ou o atrito que o carro exerce sobre o solo, a pessoa simplesmente olha e decide se dar para atravessar ou não.

Religião
O estudo científico da religião é atualmente realizado por várias disciplinas das ciências sociais e humanas. A história das religiões, nascida na segunda metade do século XIX, que estuda o contexto cultural e político em que determinada tradição religiosa emergiu.
A Sociologia da Religião analisa as religiões como fenómenos sociais, procurando desvendar a influência dela na vida do indivíduo e da comunidade. A Sociologia da Religião tem como principais nomes Emile Durkheim, Karl Marx,Ernst Troeltsch, Max Weber e Peter Berger.
A Antropologia, tradicionalmente centrada no estudo dos povos sem escrita desenvolveu igualmente uma área de estudo da religião, na qual se especulou sobre as origens e funções da religião. John Lubbock, no livro The Origin of Civilization and the Primitive Condition of Man apresentou um esquema evolutivo da religião: do ateísmo (entendido como ausência de idéias religiosas), passa-se para o xamanismo, o antropomorfismo, o monoteísmo e finalmente para o monoteísmo ético. Esta visão evolucionista foi colocada em questão por outros investigadores, como E.B. Taylor que considerava o animismo como a primitiva forma de religião.
A Fenomenologia da Religião, que deriva da filosofia fenomenológica de Edmund Husserl, tenta captar o lado único da experiência religiosa. Utiliza como principal método científico a observação, explicando os mitos, os símbolos e os rituais. Ela procura compreender a religião do ponto de vista de quem crer, bem como o valor dessas crenças na vida do mesmo. Os principais nomes ligados à Fenomenologia da Religião são Nathan Soderblom, Garardus van der Leeuw, Rudolf Otto...

Saber Mítico
O mito é uma necessidade humana que tem sua origem no desejo de controlar o mundo, de superação do medo e da insegurança. O pensamento ou saber mítico é uma verdade que não obedece à lógica empírica nem científica, portanto é uma verdade intuitiva que não necessita de provas, porque está muito mais ligado à magia, ao desejo e ao querer que as coisas aconteçam de um determinado modo. O mito tranqüiliza o homem dentro do mundo natural e estabelece modelos de atividades humanas. O ritual mítico é a repetição de ações que se de certa forma atualiza um acontecimento do passado, acomodando o homem no mundo. Quando um mito é negado, contestado, nasce o tabu, que é a proibição, cuja origem está na transgressão da norma, na não-obediência da regra. O Positivismo de Comte, de certa forma contestou o pensamento mítico quando atribuiu à ciência o único modo para de chegar à verdade. A oposição entre razão e a visão ingênua do pensamento mítico traz uma inquietude ao homem, que no mito encontra exemplos e explicações para suas ações. O homem contemporâneo, tanto quanto seus ancestrais, também necessitam da magia para explicar o mundo como forma de interpretação da realidade. Mito e razão fazem parte do mesmo universo, cabendo a cada indivíduo escolher ou dosar sentimentos e verdades que o ajudem a viver melhor.
Ciência
A eficácia da Ciência a tornou assunto de questionamento filosófico. A filosofia da ciência busca entender a natureza e a justificação do conhecimento científico e suas implicações éticas. Há diferentes escolas do pensamento na filosofia do método científico:
 O naturalismo metodológico mantém que a investigação científica deve aderir aos estudos empíricos e verificação independente como processo para desenvolver e avaliar apropriadamente as explicações naturais de fenômenos observáveis. Desse modo o naturalismo metodológico rejeita explicações sobrenaturais, argumentos de autoridades e estudos observacionais tendenciosos.
O racionalismo crítico por outro lado afirma que a observação não tendenciosa não é possível, e que a demarcação entre explicações naturais e sobrenaturais é arbitrária; no lugar deste critério ela propõe a falseabilidade como o limite das teorias empíricas e falsificação como o método empírico universal. Ele propõe que a ciência deveria se contentar com a eliminação racional dos erros em suas teorias, não em buscar a sua verificação, como afirmar certeza ou prova e contra-prova provável; tanto a proposta como a falsificação de uma teoria são apenas um caráter metodológico, conjectural e tentador no racionalismo crítico. O instrumentalismo rejeita o conceito de verdade e enfatiza apenas a utilização das teorias como instrumentos para explicar e predizer fenômenos. 

                                                                                                                                  Sara Cautterucci

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